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As redes sociais no ensino de jornalismo

Opinião | Sexta-feira, 02 de Julho de 2010 - 22h51 | Autor: Gerson Luiz Martins
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Na maioria das escolas de jornalismo, o ensino de Ciberjornalismo acontece, principalmente, por meio dos Blogs. Em algumas, os professores, ou os cursos em certa medida, proporcionam um ensino baseado no aprender a fazer fazendo e usam sistemas de publicação desenvolvidos na própria universidade; em Campo Grande, os exemplos do jornal laboratório na internet, na Uniderp o caso do Unifolha e na UCDB o Em Foco. Na UFMS, assim como em vários cursos de jornalismo, se utiliza sistemas de publicação desenvolvidos por instituições comerciais, é o caso da Escola da Prática.

Entretanto, a maioria dos cursos, devido às dificuldades de se construir sistemas de publicação mais amigáveis e que atendam às demandas da produção dos alunos, usam os Blogs e aí pode-se citar inúmeros exemplos. Não obstante ao uso de sistemas de publicação próprio, comercial ou no formato de Blogs, há uma crescente utilização das redes sociais no processo de produção das notícias, principalmente Facebook, Orkut, Twitter, YouTube e ainda MSN.

As redes são utilizadas para pautar as matérias, auxiliar na apuração por meio do intercambio de informações entre os estudantes-repórteres, para agendamento de entrevistas e pesquisa jornalística. Os recursos do YouTube são utilizados principalmente para oferecer outros suportes de informação, além do texto e das fotografias, como ferramenta para laboratório de jornalismo multimídia. O uso das redes sociais no ensino de ciberjornalismo acontece, na maioria das vezes, no processo da pesquisa jornalística.

Um outro aspecto do uso das redes sociais na produção laboratorial em ciberjornalismo acontece no jornalismo participativo. Os estudantes-repórteres, de acordo com as orientações dos professores responsáveis, abrem espaço de notícia e opinião para pessoas da comunidade, em pautas que são escolhidas como destaque nas edições especiais dos ciberjornais laboratórios. No que diz respeito ainda ao uso das redes sociais, um dos aspectos mais relevantes acontece na repercussão das notícias. Esse resultado é um dos elementos motivadores para os estudantes, pois têm oportunidade de receber um feed-back do seu trabalho.

No projeto Escola da Prática, o estudante é recomendado a montar um portfólio de seus trabalhos. Essa recomendação é comparada àquilo que é realizado pelos estudantes de publicidade, como forma de constituir um currículo dos trabalhos que pode ser apresentado em propostas de trabalho profissional depois de formados. A recomendação de impressão das matérias produzidas acontece devido às possibilidades de perda do material publicado na rede, é um “seguro” para que os trabalhos não se percam ou sejam apagados nos servidores repositórios dos ciberjornais laboratórios. Segundo estudo realizado por RECUERO (2009) “outro elemento que é característico das redes sociais na Internet é sua capacidade de difundir informações através das conexões existentes entre os atores”. Esse é um dos fenômenos que promovem essas redes no processo de apuração, ou melhor, de produção das pautas nos ciberjornais laboratórios, no processo de aprendizagem nas escolas de jornalismo.

O uso das redes sociais no ensino de ciberjornalismo propicia a identificação dos estudantes e desencadeia um uso profissional, a despeito da perspectiva pessoal e de entretenimento normalmente realizada. É fato que muitos, entre 11 e 18 anos utilizam de forma intensa a internet, principalmente Orkut, MSN, YouTube e agora o Twitter. E esse uso, no caso dos estudantes de jornalismo, continua consolidada durante os anos de universidade.

De outro lado, no ambiente profissional do jornalista, é cada vez mais comum usar essas ferramentas, as redes sociais, como auxiliar no processo de produção da notícia. Em muitos casos, como foi o exemplo do Twitter, esse uso proporciana “furos” de reportagem, a notícia sobre a queda de um avião da US Airways no Rio Hudson, em Nova York em 2009, relatado em foto por um aparelho de smartphone (iPhone) com uso do Twitter, 20 minutos antes da mídia convencional. Nos últimos meses, é crescente o uso, nas redações do jornais e nos trabalhos de reportagem, do YouTube e Twitter, além dos Blog’s, este último de forma mais trabalhada, ou seja, as notícias veiculadas sofrem processo de edição, enquanto que o YouTube e Twitter permitem que o repórter, no momento do fato, grave o vídeo e escreva o texto da matéria quase que instantaneamente e, da mesma forma, publique nos portais jornalísticos.



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