O jornal O Estado MS publicou, no último dia 26 de agosto, data do aniversário de Campo Grande, a nova página na internet. Também há poucas semanas, o jornal Correio do Estado fez uma reforma geral em sua página. Depois de longo tempo, os dois principais jornais de Campo Grande, dois dos três principais jornais de Mato Grosso do Sul, o outro, O Progresso, está sediado em Dourados e há vários anos possui uma página na internet em que potencializa algumas características da internet; elegeram o cibermeio como uma mídia que deve ser privilegiada e potencializada. Até o dia 25 de agosto, o jornal O Estado MS possuía um endereço na internet que disponibilizava somente a versão em PDF do jornal, ou seja, apresentava as páginas da versão impressa digitalizadas.
O estágio em que as empresas jornalísticas, os jornais impressos publicam na internet suas edições digitalizadas é considerado como ciberjornalismo de primeira geração. O estágio atual é de um ciberjornalismo de quarta (4ª) geração. Neste estágio, os jornais potencializam as características da internet, do ciberjornalismo. Ou seja, potencializam recursos de hipertexto, memória, multimídia como vídeo, áudio e imagens, não somente fotos, mas também infográficos, além da instantaneidade, personalização de conteúdo e interatividade para atender uma demada cada vez maior de leitores.
A versão cibermeio do O Estado MS chegou depois da reforma realizada pelo Correio do Estado e apresenta um interface gráfica mais atraente para o leitor explorar. Em comentário recente em sua página no Facebook, a pesquisadora de ciberjornalismo e professora na Escola de Comunicação e Artes da USP, Daniela Bertocchi destacou que “não se faz jornalismo digital com uma boa pauta, um bom texto e uma boa foto. Um bom jornalismo digital se faz com tudo isso e também com um bom software publicador e um bom design de interação.” Tanto o Correio do Estado como O Estado MS apresentam um excelente design. Se comparado um e outro, o projeto o O Estado MS está em sintonia com as potencialidades da internet, principalmente se se pensar no consumidor de notícias, no leitor.
O novo cibermeio do O Estado MS traz muitos avanços como leiaute, ou seja, a interface de apresentação para visualização e leitura, a divisão clara das editorias, seja no topo da página ou abaixo das notícias em destaque; nesta primeira edição se percebeu a atualização das informações, que transparece instantaneidade e demonstra ao leitor que os repórteres estão na rua para apurar as notícias, fato que garante confiança e fidelidade do leitor..
No âmbito interno do projeto do O Estado MS ainda há situações que contrariam as potencialidades da internet e portanto sua própria apresentação. Em uma avaliação inicial, o ciberjornal não contempla multimídia, não utiliza hipertextualidade, apresenta as fotos em descompasso com o processo de leitura e visualização do leitor, matérias sem identificação do autor e ainda possui um problema grave de texto. Um cibermeio, como afirma Bertocchi, é um também um bom texto, afinal é o item que domina, na maioria das vezes, o visual de tela de uma notícia. E este deve ter um cuidado esmerado, rigor, muita atenção, até mesmo para evitar blocos de retificação de informações. Um exemplo está na frase “superintente municipal da prefeitura”!!!
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